segunda-feira, 13 de julho de 2015

Rodoviários recusam reajuste e paralisação pode acontecer na próxima terça-feira

A categoria dos rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) recusou a proposta do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), apresentada na mesa de negociação que discute o aumento dos vencimentos dos trabalhadores. Com isso, os cerca de 15 mil profissionais estão em estado de greve e uma paralisação do serviço pode acontecer na próxima terça (14).
Reprodução/Facebook
Rodoviários recusaram reajuste em assembleia
A decisão foi tomada após uma assembleia realizada, nesta sexta-feira (10), que reuniu dezenas de motoristas, cobradores e fiscais de ônibus na sede do sindicato, no bairro de santo Amaro, no Recife.

Na última quinta (8), em reunião realizada no auditório do 16º Batalhão de Polícia Militar, os representantes da classe patronal apresentaram uma proposição de aumento de 9,5% no piso salarial. Com isso, a remuneração do motorista passaria de R$1,765 para R$1,933. Já cobradores ganhariam R$ 812. Os representantes das operadoras de ônibus também ofereceram uma ampliação de 27,6% no tíquete alimentação. Isso significaria dizer que o benefício passaria de R$188,40 para R$220. Além disso, foi acertada que os trabalhadores passariam a ganhar o vale no mês de férias.
Por nota, o Urbana-PE, informou que a rejeição da proposta “implica num retrocesso para os próprios empregados, pelo que se pede aos rodoviários que reconsiderem a decisão pela greve. A população e a economia local não podem ser tratadas como meros instrumentos de negociação para uma categoria”.
Confira a nota na íntegra:
A Urbana-PE vem se esforçando há muito tempo, especialmente nas duas últimas semanas, para celebrar uma nova convenção coletiva com a categoria profissional. Durante esse processo buscou uma solução que atendesse ao máximo aos interesses dos trabalhadores, sem esquecer, entretanto, a responsabilidade exigida pelo atual momento nacional.

Após longas e reiteradas reuniões conciliatórias, a Urbana-PE e a Comissão de Negociação designada pelo sindicato profissional chegaram a um acordo que compôs satisfatoriamente as pretensões dos trabalhadores, incluiu benefícios inéditos para a categoria e representou o limite da capacidade de negociação do setor.

A solução acordada com a Comissão de Negociação do sindicato profissional, integrada por representantes de todas as facções que compõem a categoria, é a mais favorável dos últimos anos.

Sua rejeição pela assembleia desta sexta-feira implica num retrocesso para os próprios empregados, pelo que se pede aos rodoviários que reconsiderem a decisão pela greve. A população e a economia local não podem ser tratadas como meros instrumentos de negociação para uma categoria.

A Urbana-PE informa que não medirá esforços para evitar a interrupção do serviço de transporte público de passageiros e minimizar eventuais transtornos à sociedade.

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