quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Quadro de dificuldades

A crise nacional levou o governador Paulo Câmara (PSB) a apertar ainda mais o cinto. De um corte inicial de despesas da ordem de R$ 300 milhões subiu agora para R$ 1 bilhão. Na prática, é o valor que o Estado está deixando de arrecadar em impostos não recolhidos pela redução de investimentos e paralisação de obras, principalmente em Suape.
No início deste ano, o governador havia anunciado que a tesourada iria alcançar R$ 320 milhões. A economia obtida desde que o Plano de Contingenciamento foi implantado em fevereiro alcançou, entretanto, valores da ordem de R$ 210 milhões. Agora, com os cortes no orçamento, o ajuste da máquina pública estadual deverá sofrer uma redução total próxima de R$ 1 bilhão.
Os secretários terão duas semanas para decidir quais cortes serão efetuados nos próximos meses. "Isso significa adequar as despesas às receitas, o Estado só poderá gastar aquilo o que arrecada", revela o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni. Segundo ele, no final do ano uma nova reunião deverá ser realizada de maneira a avaliar os resultados obtidos e a projeção para o exercício seguinte.
"A discussão sobre o tamanho do Estado ocorre, sim, mas vamos esperar até o final do ano, porque temos, hoje, programas em andamento e os programas são tocados pelas respectivas secretarias. Mas existe, sim, a possibilidade de uma readequação dos serviços prestados à população, mantendo sempre os mais essenciais que hoje é possível fazer", acrescentou Stefanni.
Segundo ele, as empresas terceirizadas que prestam serviços ao Estado devem ser as mais afetadas neste primeiro momento. "Quando se diminui o número de serviços há impacto, sim, nos terceirizados. Há impacto porque é uma diminuição dos serviços. A gente tem feito ajustes e isso está lá no decreto inicial, do começo do ano, e provavelmente serão feitos novos ajustes nos terceirizados", observou.
Segundo o secretário, os meses de julho e setembro são os piores meses de arrecadação. “Estávamos programando essa discussão. Temos em andamento uma série de projetos e programas e há uma discussão sobre a possibilidade de diminuição dos serviços prestados à população, tendo os serviços mais essenciais preservados”, disse Stefanni. Essa nova meta de R$ 600 milhões, segundo o secretário, já vinha sido discutida, mas, por conta do cenário econômico adverso, o governo optou por acelerar a medida.
O governo promete reduzir, sobretudo, em cortes de custeios como pagamento de viagens e combustíveis. Na verdade, Pernambuco é um dos Estados mais prejudicados com efeitos da crise econômica, acentuada pela crise política provocada pela Operação Lava-Jato, que deflagrou desvios de recursos da Petrobras. Para se ter ideia, no final do ano passado a previsão de investimentos do governo de Pernambuco era de R$ 3 bilhões. Hoje, não passa de R$ 1 bilhão, tudo porque as obras da refinaria, envolvida no escândalo, pararam, fechando muitas empresas.
Fonte:Blog do Magno Martins.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo Seu Comentário. Logo Estaremos o Postando.