quarta-feira, 6 de julho de 2016

Prefeito de Camaragibe nega fraudes em aquisição de remédios

o de Camaragibe, Jorge Alexandre Soares da Silva (PSDB), um dos alvos de operação da Polícia Federal que investiga fraudes em licitações para compra de medicamentos no município, negou a existência do esquema. Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (5), o gestor afirma que as aquisições de remédios na cidade são feitas de forma regular.
Segundo o texto, todo o valor gasto com medicamentos desde 2013, quando Jorge Alexandre assumiu a prefeitura, seria dez vezes menor que o montante de R$ 100 milhões movimentado nos crimes investigados pela operação. O chefe do Executivo se disse “surpreso” com as investigações e lamento que se divulguem dados, que segundo ele, são "totalmente inverídicos”.
A casa do prefeito de Camaragibe foi um dos alvos dos agentes da PF. De acordo com a nota, o gasto da prefeitura com medicamentos e correlatos foi de aproximadamente R$ 10 milhões nesses três anos e meio.
No texto, o prefeito afirma ainda que “as aquisições foram efetuadas a empresas regularmente constituídas que operam no mercado, mediante processo público de registro de preços, conduzido pela Comissão de Licitação, não tendo eu conhecimento de nenhuma prática de fraude, pois jamais interferi em qualquer processo”.
Jorge Alexandre confirmou ainda que a Polícia Federal esteve em sua casa e informou que foram apreendidas “duas armas devidamente registradas, três celulares e um contrato particular de minha empresa, sem nenhuma relação com a Prefeitura”. O prefeito se colocou à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos, ressaltando que suas contas foram auditadas e aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Caixas foram levadas para a PF (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)Caixas foram levadas para a PF
(Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Operação
A Operação Black List (Lista Negra), deflagrada nesta terça-feira (5), apreendeu mais de mil remédios e cinco armas, além de documentos e celulares em imóveis da cidade, do Recife e de Carpina, na Mata Norte. Os imóveis do prefeito da cidade, Jorge Alexandre Soares da Silva, da irmã dele, Josilene Soares da Silva, e do secretário de Finanças Emanuel Rei Martins de França estavam na lista de mandados de busca e apreensão. As investigações tiveram início no ano passado.
Ao todo, foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª região  21 mandados de busca e apreensão. Desse total, 15 foram cumpridos no Recife, cinco em Camaragibe e um na cidade de Carpina, na Mata Norte do estado. A operação contou com a participação de cerca de 130 policiais de Pernambuco, Alagoas e Paraíba.
A ação foi acompanhada por 40 agentes da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa).  O órgão vai fazer o rastreamento dos produtos para saber com os fabricantes onde as medicações foram compradas e para quem seriam vendidas. Todos os medicamentos apreendidos seguiram para a sede da agência.
A Polícia Federal chegou a solicitar ao TRF 5 mandados de prisão. Mas as capturas foram negadas. Por isso, a operação se restringiu ao processo de coleta de documentos, remédios e dinheiro. O Tribunal Regional Federal da 5ª região informou, por meio de nota, que,  por determinação do desembargador Rubens Canuto, os autos correm em segredo de justiça. Portanto, não pode ser prestada nenhuma informação sobre o processo, sob pena de violação ao sigilo funcional.
Operação contra venda ilegal de medicamentos em Camaragibe vai até a casa do prefeito (Foto: Bianka Carvalho/ Tv Globo)Operação contra venda ilegal de medicamentos em Camaragibe vai até a casa do prefeito (Foto: Bianka Carvalho/TV Globo)

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