Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 nesta segunda-feira (14), o presidente do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, deixou claro: a direita será protagonista na definição dos rumos eleitorais do Estado em 2026. Sem ainda anunciar um nome à sucessão estadual, o ex-prefeito de Jaboatão sinalizou que o foco do partido, por ora, está na disputa ao Senado. Ainda assim, fez questão de direcionar um recado à governadora Raquel Lyra (PSD), com quem mantém uma relação de proximidade política.
“Um conselho que eu daria a uma pessoa que eu quero que acerte em Pernambuco é: deixa essas questões políticas de lado e vá trabalhar”, afirmou Anderson, num tom que mistura apoio e alerta. O PL, vale lembrar, se manteve fora da estrutura de governo e da base oficial, optando por uma posição de independência, tanto na gestão estadual quanto no legislativo.
Com um discurso pautado na entrega de resultados e críticas à “politicagem”, o líder liberal reforçou a necessidade de diálogo e responsabilidade institucional. “Está na hora da oposição fazer uma leitura que não pode prejudicar Pernambuco”, disse, num aceno tanto à base aliada quanto aos adversários.
Ao avaliar o cenário eleitoral, Anderson foi taxativo: “O voto de direita é que define a eleição tanto no Pernambuco como em Recife. É matemática.” Para ele, o PL tende a se tornar o principal protagonista do jogo político no Estado, influenciando desde o Senado até a Presidência da República.
Mas nem tudo são flores dentro da sigla. A corrida ao Senado já provoca faíscas entre o próprio Anderson Ferreira e o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. O presidente estadual criticou o que chamou de “sobreposição de projeto pessoal ao partidário”, numa clara alusão a Gilson. A resposta veio rápido: Gilson Machado Filho, vereador do Recife e filho do ex-ministro, lamentou as declarações e cobrou respeito à trajetória do pai, que recentemente enfrentou problemas judiciais.
Ao defender que o PL pode ter duas candidaturas ao Senado, Gilson Filho sinalizou que a disputa interna está apenas começando. A guerra fria no partido de Bolsonaro, ao que tudo indica, será um dos capítulos quentes da política pernambucana até 2026.
Todo poderoso – Na cidade de São José da Coroa Grande, o secretário de governo, e filho do prefeito, Emerson Barbosa, virou uma espécie de todo poderoso no município. Nada que aconteça no município escapa da sua influência. Isso tem causado insatisfação entre aliados e denota a fragilidade da gestão, que tinha tudo para ser de entregas e de transformação devido à confiança do eleitor nas urnas, que foi completamente frustrada pelo excesso de centralização de poder em alguém que não passou pelo crivo das urnas.
Chuva de cautelares – A Compesa tornou-se o alvo prioritário do TCE para a realização de medidas cautelares. O presidente da instituição, Alex Campos, terá sérias dificuldades de tirar a concessão da empresa do papel, uma vez que o governo possui dificuldades de interlocução com o tribunal, e as cautelares serão cada vez mais corriqueiras.
Recado – Em um comunicado publicado nesta segunda-feira (14) na rede social X, o gabinete do subsecretário de Estado para Diplomacia Pública dos EUA, vinculado ao presidente Donald Trump, fez duras críticas ao governo brasileiro e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. A nota afirma que foram impostas “consequências há muito esperadas” contra o Supremo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em resposta a supostos ataques a Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio bilateral. A declaração ocorre no mesmo dia em que a PGR deve apresentar alegações finais em processo que tem Bolsonaro como réu por tentativa de golpe, e poucos dias após os EUA anunciarem tarifa de 50% a produtos brasileiros. O comunicado afirma ainda que tais ações brasileiras “estão muito abaixo da dignidade das tradições democráticas do Brasil”.
Inocente quer saber – A concessão da Compesa subiu no telhado?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo Seu Comentário. Logo Estaremos o Postando.