Inicialmente 173 famílias foram beneficiadas com a emissão do termo de Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia
25/08/2015 20:18 - Marcílio Albuquerque, da Folha de Pernambuco
Arthur Mota/Folha de Pernambuco
Apesar do número, cerca de seis mil habitações ainda aguardam por regularização. Problemas como saneamento, segurança, saúde e educação assinalam as principais carências da localidade. “A demanda é grande e, devido a processos burocráticos, acaba exigindo bem mais tempo para chegar à porta das pessoas. Dependemos de liberações feitas pelo cartório, reunindo várias documentações. O nosso esforço é por celeridade”, explica o diretor de operações da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), Bruno Lisboa.
Arthur Mota/Folha de Pernambuco
Para a aposentada Nair do Carmo, de 75 anos, o benefício veio em boa hora. “Só quem já viveu as nossas dificuldades pode entender o que esse ‘papel’ representa”, revela. Após dedicar toda uma vida na luta por melhores condições de moradia, ela conta que já viu o sonho várias vezes desmoronar. “Deixamos a beira do rio e percorremos vários outros pontos. Sempre fomos vistos como invasores”. O vizinho, Adeilton, hoje também usa a casa como um pequeno comércio. “Agora eles precisam olhar mais para a comunidade. Faltam escolas para as nossas crianças, postos de saúde e a violência ainda assusta”, destacou.
A situação de Jaqueline Ferreira, 33, ainda é de aguardo. “Já recebemos várias promessas, mas nada de concreto. O medo de perder tudo ainda existe”, criticou. A história se repete no lar de Edna Santos, 53, “A sensação é de sempre viver de favor”, disparou. Conforme o Estado, cerca de mil certidões serão entregues até o final de 2016, na Ilha de Joaneiro. A promessa é de que 8,8 mil famílias sejam contempladas com a entrega dos títulos em toda a região batizada de Ponte do Maduro. Ainda segundo a Cehab, outras reivindicações serão atendidas em tempo hábil. “As pessoas ainda têm muito a avançar, sob o ponto de vista da sua cidadania. Para isso estamos firmando várias parcerias”, adicionou Lisboa, sem mensurar prazos.
Ponte do Maduro
É uma área de mangue, com 63,45 hectares, transformada em solo aterrado, reconhecida como Zona Especial de Interesse Social (Zeis). A ocupação foi iniciada na década de 30 no entorno do bairro de Campo Grande, às margens do canal Derby/Tacaruna. Com a construção da Ponte denominada do Maduro, que era ancoradouro de pequenas embarcações e ponto de comércio de alimentos, a ocupação também recebeu o mesmo nome.
É uma área de mangue, com 63,45 hectares, transformada em solo aterrado, reconhecida como Zona Especial de Interesse Social (Zeis). A ocupação foi iniciada na década de 30 no entorno do bairro de Campo Grande, às margens do canal Derby/Tacaruna. Com a construção da Ponte denominada do Maduro, que era ancoradouro de pequenas embarcações e ponto de comércio de alimentos, a ocupação também recebeu o mesmo nome.
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