quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Moradores da Ilha de Joaneiro recebem título de posse das propriedades

Inicialmente 173 famílias foram beneficiadas com a emissão do termo de Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia

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25/08/2015 20:18 - Marcílio Albuquerque, da Folha de Pernambuco
Arthur Mota/Folha de Pernambuco
Para Nair do Carmo, 75, benefício veio em boa hora
É uma área de mangue, com 63,45 hectares, transformada em solo aterrado, reconhecida como Zona Especial de Interesse Social (Zeis). A ocupação foi iniciada na década de 30 no entorno do bairro de Campo Grande, às margens do canal Derby/Tacaruna. Com a construção da Ponte denominada do Maduro, que era ancoradouro de pequenas embarcações e ponto de comércio de alimentos, a ocupação também recebeu o mesmo nome.o em mãos, 173 famílias da comunidade da Ilha de Joaneiro, na Zona Norte do Recife, deixaram de ter suas moradias consideradas como ocupação irregular. Os moradores foram beneficiados nesta terça-feira (25) com a emissão do termo de Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia (Cuem), que assume o valor de uma escritura convencional. De acordo com a Secretaria Estadual de Habitação, a concessão faz parte do processo fundiário na área denominada como Ponte do Maduro, composta também pela Ilha do Chié, Santa Terezinha e Santo Amaro. Os investimentos são na ordem de R$ 630 mil e devem atender mais 600 titulares até o fim deste ano.
Apesar do número, cerca de seis mil habitações ainda aguardam por regularização. Problemas como saneamento, segurança, saúde e educação assinalam as principais carências da localidade. “A demanda é grande e, devido a processos burocráticos, acaba exigindo bem mais tempo para chegar à porta das pessoas. Dependemos de liberações feitas pelo cartório, reunindo várias documentações. O nosso esforço é por celeridade”, explica o diretor de operações da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), Bruno Lisboa.
    É uma área de mangue, com 63,45 hectares, transformada em solo aterrado, reconhecida como Zona Especial de Interesse Social (Zeis). A ocupação foi iniciada na década de 30 no entorno do bairro de Campo Grande, às margens do canal Derby/Tacaruna. Com a construção da Ponte denominada do Maduro, que era ancoradouro de pequenas embarcações e ponto de comércio de alimentos, a ocupação também recebeu o mesmo nome.
    Arthur Mota/Folha de Pernambuco
    Concessão faz parte do processo fundiário na área
    Segundo ele, reuniões quinzenais têm sido retomadas para discutir o assunto com a população. Os títulos foram registrados após a devida desapropriação da área. “Ainda existem alguns entraves, como heranças e pendências judiciais, que geram morosidade. Algumas reformas e extensões de terreno acabam dando mais trabalho na hora do levantamento”, acrescentou o gestor.

    Para a aposentada Nair do Carmo, de 75 anos, o benefício veio em boa hora. “Só quem já viveu as nossas dificuldades pode entender o que esse ‘papel’ representa”, revela. Após dedicar toda uma vida na luta por melhores condições de moradia, ela conta que já viu o sonho várias vezes desmoronar. “Deixamos a beira do rio e percorremos vários outros pontos. Sempre fomos vistos como invasores”. O vizinho, Adeilton, hoje também usa a casa como um pequeno comércio. “Agora eles precisam olhar mais para a comunidade. Faltam escolas para as nossas crianças, postos de saúde e a violência ainda assusta”, destacou.

    A situação de Jaqueline Ferreira, 33, ainda é de aguardo. “Já recebemos várias promessas, mas nada de concreto. O medo de perder tudo ainda existe”, criticou. A história se repete no lar de Edna Santos, 53, “A sensação é de sempre viver de favor”, disparou. Conforme o Estado, cerca de mil certidões serão entregues até o final de 2016, na Ilha de Joaneiro. A promessa é de que 8,8 mil famílias sejam contempladas com a entrega dos títulos em toda a região batizada de Ponte do Maduro. Ainda segundo a Cehab, outras reivindicações serão atendidas em tempo hábil. “As pessoas ainda têm muito a avançar, sob o ponto de vista da sua cidadania. Para isso estamos firmando várias parcerias”, adicionou Lisboa, sem mensurar prazos.
    Ponte do Maduro
    É uma área de mangue, com 63,45 hectares, transformada em solo aterrado, reconhecida como Zona Especial de Interesse Social (Zeis). A ocupação foi iniciada na década de 30 no entorno do bairro de Campo Grande, às margens do canal Derby/Tacaruna. Com a construção da Ponte denominada do Maduro, que era ancoradouro de pequenas embarcações e ponto de comércio de alimentos, a ocupação também recebeu o mesmo nome.
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