A taxa recorde foi puxada pelas demissões em massa na indústria e na construção civil. Só a indústria de transformação fechou 608,8 mil vagas. O motivo de tantas demissões é a crise econômica que afeta todo o País, segundo a economista Tânia Bacelar. "Nossa indústria vem mal desde a década de 1990, já que não é competitiva. Mas a queda se acentuou no ano passado porque o comércio caiu com a crise e, por isso, as encomendas à indústria pararam”, explica. “Nós estamos vivendo as consequências da recessão e a indústria é mais vulnerável às intempéries do mercado. Como está tudo em recessão, é ruim de produzir porque não tem consumo. Então é preciso cortar custos e, para isso, o Brasil corta logo mão de obra”, concorda o professor de economia Tiago Monteiro.
No setor de construção civil foram mais 416,9 mil vagas fechadas. Uma delas era a do marceneiro Tobias Morais, que foi demitido após sete anos de trabalho. “Já se passaram três meses e não consigo arranjar outro emprego”, lamentou, explicando que as vagas sumiram porque as grandes obras que movimentaram o setor, nos últimos anos, chegaram à fase final.
“A construção civil vinha de um boom proporcionado pela produção residencial do Minha Casa, Minha Vida e pela implantação de um bloco de investimentos importantes, especialmente em Pernambuco, com Suape e a fábrica da Fiat. Mas, agora, esses investimentos diminuíram, encerrando o ciclo de contratações”, esclarece Tânia.
É por conta dessa redução de investimentos em Suape que Pernambuco apresenta o quinto maior número de demissões do País: 89.561. É uma redução de 6,43% em relação a 2014, o pior resultado relativo de todos os estados brasileiros. Responsável por 76.128 dessas demissões, o Grande Recife também apresentou a maior retração relativa das regiões metropolitanas: 8,06%. As cidades que mais se beneficiavam com o boom de Suape foram justamente as que mais sofreram: Recife e Ipojuca, onde ainda pesa a retração do setor de serviços, que viu as vendas caírem e acabou demitindo trabalhadores, como o barista Alexsandro Bezerra. “Disseram que a conta da empresa não estava fechando e que teriam que reduzir o quadro de funcionários”, contou na fila de procura por emprego.
Agricultura
Com safra recorde de grãos, a agricultura foi o único setor a apresentar saldo positivo de emprego. Foram criados 9.821 novos postos e muitos deles estão em Pernambuco, que reativou três usinas de cana-de-açúcar da Zona da Mata em 2015. O incremento foi tão forte que Aliança representa o Estado na lista dos 50 municípios do País que mais geraram emprego: foram 540. “Reativamos Cruangi, em Timbaúba, mas a maior parte do pessoal que trabalha lá é de Aliança”, confirma o presidente da Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (COAF), Alexandre Andrade Lima. Só em Cruangi, foram 350 contratações no parque industrial e três mil no campo.
Com safra recorde de grãos, a agricultura foi o único setor a apresentar saldo positivo de emprego. Foram criados 9.821 novos postos e muitos deles estão em Pernambuco, que reativou três usinas de cana-de-açúcar da Zona da Mata em 2015. O incremento foi tão forte que Aliança representa o Estado na lista dos 50 municípios do País que mais geraram emprego: foram 540. “Reativamos Cruangi, em Timbaúba, mas a maior parte do pessoal que trabalha lá é de Aliança”, confirma o presidente da Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (COAF), Alexandre Andrade Lima. Só em Cruangi, foram 350 contratações no parque industrial e três mil no campo.
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