“Caso o governador não cumpra até a sexta, na próxima segunda-feira a gente vai estar em greve”, descreveu o presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (SindDetran), Alexandre Bulhões. No dia da assembleia, os servidores não trabalharam. Quem tinha agendamento marcado teve de voltar para casa sem resolver nada. O casal Valdemiro dos Reis, 73, e Etiene Gonçalves, 67 precisaram da ajuda do filho para chegar ao departamento de trânsito e voltaram sem tirar a foto para a renovação da carteira de Valdemiro. “Fizeram a gente de palhaço, vir aqui para nada. Nem nos ajudaram a remarcar nem disseram quando vamos poder voltar. Está tudo pago, tudo direitinho... Meu filho teve que faltar o trabalho para nos ajudar. E meu marido não pode esperar em pé. Se ao menos remarcassem logo”, lamentou Etiene. O casal voltou para casa decepcionado.
A advogada Niedja Barros, 52, veio na noite anterior de João Pessoa tentar realizar uma perícia médica. Tentar - pela quinta vez. Desde outubro problemas na forma de agendamento e de desencontro de informações adiaram o atendimento. Quando conseguiu marcar uma data, houve greve. “Um conhecido me disse que os médicos não entram em greve. Se fosse pela informação dos guardas, já teria ido embora, mas vou esperar até o meio-dia”, disse.
Até junho, a categoria espera uma licitação definitiva de um plano de saúde, isonomia nas gratificações e no pagamento de insalubridade. Se não, o presidente da associação de servidores, Fernando Coelho, prevê nova greve. “O governo do estado não cumpriu duas vezes o acordo e tenho receio que mais uma vez seja enganação. Os deputados votam quando querem e nós vamos ficar esperando até o mês de junho? Apenas quando o governador sancionar a lei é que teremos garantia de que será feito o pagamento”, disse Coelho. O Detran tem um corpo de 1.380 funcionários somando os que trabalham na sede e nos shoppings.
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